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Estar no Festival de Dança de Joinville é sempre uma experiência muito única, principalmente para uma cidade que, embora agora seja considerada a capital nacional da cultura, é uma cidade que é industrial e que a gente sente falta de mais expressões artísticas. Eu sempre tive minha história muito ligada intimamente da arte, principalmente do teatro, e todas as minhas memórias com o Festival de Dança sempre são a sensação de que a cidade vive, de fato. Joinville é uma cidade que sobrevive muito, a gente vê isso, mas quando a gente está andando por aqui, a gente vê as pessoas vivas, a gente vê pessoas sorrindo na rua, a gente vê as pessoas caminhando, a gente tem aquele momento de almoço, você está passando pelo shopping e, de repente, tem um espetáculo que você pode apreciar. E eu acho que é muito mais do que simplesmente Isso, o Festival de Dança, para mim, é um encontro de pessoas. É onde você vai encontrar pessoas de todo o Brasil, você vai encontrar crianças, você vai encontrar jovens com brilho no olhar. E, principalmente para mim, que trabalho muito com adolescentes e jovens, como professor, eu vejo esperança. Esperança em ver essa galera tão feliz. Por isso, o festival de dança, para mim, é quase mágico. Mesmo não sendo, digamos assim, a minha linguagem da arte, a dança, eu acho que só tem a crescer. E eu espero que a gente consiga replicar mais festivais parecidos como esse em várias outras partes do Brasil, para que esse sentimento de viver seja mais do que sobreviver.

MARCOS DA MAIA VICENTE JUNIOR