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Bom, é a memória que eu tenho mais do festival. Assim foi quando eu estava acompanhando os os bailarinos nos hospitais. E aquele dia a gente tinha ido na parte da manhã no betesdaanaparte residencial, lá do asilo. E tinha 1 senhora lá que tinha seus 90 em alguma coisa. E ela tinha sido bailarina de balé clássico por 40 anos. Quando ela viu a bailarina, ela se transformou assim. As enfermeiras até falaram. Ela sempre de muito quieto ali, aquele primeiro momento de receber agente, tudo mais. E quando ela viu a bailarina dançando fazendo os passos, ela ficou assim eufórica ela tem esclerose. E mesmo assim ela quis tirar 1 foto com a bailarina se emocionou, fez a posição zinha né do balé segurando na mão da da bailarina e ela ficou tipo virou outra pessoa, como dizem as enfermeiras naquele momento, eu percebi que a dança em si ela não é só o que a gente vê aqui. Assim que a gente vê que a gente julga falar essa primefilegal essa não, essa música legal. Essa não. Ou quando a gente auxilia as crianças, ela é além a dança. Ela é necessária para a gente conseguir se expressar, porque senão a gente não precisaria a gente usaria essas palavras. Então ela faz parte da cultura, do amor, da vida, da alegria, de boas memórias também.

Emanuela Moraes