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Bom, a minha experiência no festival tem sido uma coisa muito inovadora. foi literalmente realizar um sonho. Eu sou bailarina de ballet clássico e contemporâneo, e sempre foi o meu sonho vir a Joinville pra participar do festival e pra tentar fazer a audição do Bolshoi, mas infelizmente eu não consegui. E esse ano surgiu a possibilidade de vir pro festival trabalhando. Então, pra mim, no momento em que surgiu essa possibilidade, foi totalmente... Foi uma explosão de sentimentos pra mim, porque eu não imaginava que eu fosse conseguir viver isso. E apesar de não ter sido da forma que eu queria, da forma que eu imaginava, como eu sempre sonhei, foi uma experiência muito boa, porque... Querendo ou não, a função que eu tô exercendo aqui, trabalhando no festival, eu acredito que transforma a experiência de outras pessoas. Então, o fato de eu estar ali no backstage, nos bastidores, podendo ver o por trás do palco, do espetáculo, né, é transformador. Porque a gente que dança, a gente sabe o sentimento que é antes de entrar no palco. Então, viver tudo aquilo ali por trás e assistir as pessoas, conhecendo a história delas, é muito lindo, muito encantador. A gente sente realmente que vale a pena, exatamente por isso. Porque a gente conhece pessoas, a gente faz amizades, a gente cria um vínculo e é muito bonito conhecer a história de cada um e viver isso daqui. Foi emocionante, foi grandioso e vai ser uma experiência que eu nunca vou esquecer.

MARIA CLARA DE MELO