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Eu vim parar aqui no Festival de Joinville em 2018. Já ouviu falar dele. Eu sou da dança de salão. Então a dança de salão percebia que não havia tanto interesse dos profissionais de participar desse importante festival. A minha formação até então na adolescência eu era jogador de futebol. Joguei na cidade de Belo Horizonte e até que uma amiga na escola pública me chamou para fazer aula de dança. Eu tinha dois pés esquerdo e a dança foi me conquistando, me conquistando a ponto de eu largar essa outra atividade, que eu gostava muito. E a partir de 90 até 94, eu pude viver essa descoberta da dança sem nenhum preconceito, não sabia o que era melhor ou pior. Eu queria tentar aproveitar o máximo. Então, naquela época, eu fiz dança folclórica, dança flamenca, as danças de salão, como bolero, samba, e a dança foi modificando ao longo do tempo, até que um dia eu me tornei profissional da dança de salão, mas achava que era muito pouco. Fui para dez anos depois de dançar, dando aula. Fui para a faculdade, me formei em Educação Física, depois de 10 anos estou me formando novamente em Turismo da UFMG, e o Festival de Dança aqui de Joinville me abriu uma visão muito gigante da dança. A própria dança de salão tinha essa visão múltipla, né, e as danças folclóricas, mas é que ver tudo isso acontecendo no mesmo espaço foi fantástico. Foi fantástico também ver e fazer aula do Rui Moreira, outras professoras, ver Ana Botafogo, ver o espetáculo tanto de balé quanto danças urbanas acontecendo. E esse é o quarto ano que eu venho aqui participar. Já dancei tango, salsa, samba e agora estou apresentando aqui uma coreografia chamada Ancestralidade. E eu agradeço muito estar participando desse grande festival.

João Carlos Fernandes